quarta-feira, 20 de maio de 2009

Entrevista à Educadora De Infância

Após o nascimento e os meses de relação entre a mãe e o seu filho, a quando da idade indicada para frequentar o infantário, as pessoas que lidam mais directamente com as crianças são as educadoras de infância e estas são as responsáveis pelo desenvolvimento intelectual e físico das crianças.
Sendo assim, decidimos entrevistar a educadora de infância do nosso colégio e foi com toda a sua amabilidade que nos respondeu a algumas questões.

1- Normalmente, dormem à tarde? Em média quanto tempo? Qual a posição mais comum?
Sim, dormem à tarde, por volta de uma hora e meia. A posição mais comum é aquela em que se sentem mais confortáveis.

2- Costumam imitar o que vêem e ouvem?
Sim. É uma fase que vai até aos três/quatro anos.

3- Quais as cores que mais lhes chamam à atenção?
As cores mais vivas: vermelho, laranja, verde, rosa forte…

4- Quais os brinquedos que preferem? Os mais adequados?
Os brinquedos que preferem e os mais adequados são aqueles que reproduzem luz, som e movimentos como por exemplo as bolas, os carrinhos, a piscina de bolas.

5- Existem muitas crianças que usam chupeta até tarde?
As chupetas são só dadas para dormir ou quando a criança precisa de um suporte afectivo para controlar os estados emocionais.

6- As birras são constantes (no brincar e no dormir)?
As birras existem com frequência, especialmente ao nível do brincar ou quando tem sono/fome.

7-Quando um familiar (em especial a mãe) deixa o bebé no infantário, quais as reacções mais observadas?
A maioria das reacções são positivas. Por vezes, acontece necessitarem do apoio dos colaboradores para fazer a transferência, pois acabam por chorar um pouco.

8- Quais costumam ser as primeiras palavras a serem ditas?
São “mamã”, “papá”, “não”, “água”, “mais”.


9- Mesmo em pequeninos, a escolha dos melhores amigos verifica-se?
A escolha dos amigos verifica-se às vezes, dependendo da faixa etária/estádio de desenvolvimento de cada criança. Há crianças que estão mais despertas para a socialização, procurando amigos em particular, outras que se encontram ainda bastante centradas nos pais e que não fazem questão dessa escolha.

10-São muitas as manifestações de carinho?
Sim, são muitas, quer da parte das crianças, quer da parte dos adultos.


11- Quais as actividades favoritas?
As actividades psicomotoras, as saídas ao exterior (brincar no parque, observar os patos, brincar na relva/areia…). Actividades de exploração do meio envolvente e dos materiais pedagógicos.

12- A música está muito presente nos bebés?
A música está sempre presente. Acontece diariamente na vida de cada criança, na creche e no jardim-de-infância (canções, danças, audição de música, aulas de música, exploração de instrumentos).


13- Em que etapa do crescimento se verifica uma maior autonomia?
A etapa do crescimento em que se verifica uma maior autonomia é aos dois anos. Quanto mais velhos, mais autónomos são a nível de tudo.

Sabia que…

* O parto é um momento muito importante, pois o corte do cordão umbilical marca a passagem de um meio hostil para outro meio (o real).

* O pai assistir ao parto é das experiências mais enriquecedoras, pois entre outras coisas permite, também a eles, homens, deixar de ter um papel secundário.

* A criança, quando nasce, tem apenas 23% das suas funções desenvolvidas e, ao fim dos 2 anos de vida, tem 15% dessas funções desenvolvidas. Essa maturidade intelectual só é atingida, na sua plenitude, por volta dos 15/16 anos.

* A família é a primeira fonte de socialização e é onde a criança deveria receber os primeiros valores de tudo o quanto a rodeia.

* O leite materno melhora o desenvolvimento mental do bebé, a formação da boca e o alinhamento dos dentes.

* Amamentar ajuda a mulher a voltar, mais rapidamente, ao peso que tinha, antes de engravidar, pois queima calorias. Também ajuda o útero a regressar ao seu tamanho normal, protege do cancro da mama, que surge antes da menopausa, do cancro do ovário e da osteoporose.

* O feto já é capaz de ouvir a partir do 5º mês de gestação e distingue, não só a voz da mãe, como a do pai.

* O período de gravidez e pós-parto é caracterizado por mudanças biológicas, psicológicas, relacionais e sociais, intensas, que podem ter uma influência directa e indirecta na vivência da sexualidade.

* O casal pode continuar, normalmente, com a sua actividade sexual, excepto consoante estas contra-indicações: ameaça de aborto; história anterior de aborto; placenta baixa; descolamento da placenta; hemorragias vaginais; rotura da bolsa; incompetência do colo do útero ou existência de IST – infecção sexualmente transmitida.

* A gravidez pode ser sempre uma oportunidade para o casal descobrir novas posições, em que ambos se sintam confortáveis. Hoje em dia, a mulher grávida pode ser bastante atraente e sexy, desde que assim o deseje. No entanto, o diálogo aberto, entre o casal, é indicado, por todos os especialistas, como o melhor instrumento para ultrapassar possíveis problemas sexuais.

* É importante manter uma alimentação equilibrada, racionando aquilo que come e procurando a qualidade e nunca a quantidade.

* Os desejos de grávida não denunciam carências do bebé, mas sim que ela necessita de algo, feito especialmente para ela, visto que são um mimo fantástico.

* A prática de exercício físico é aconselhável, durante a gravidez, pois pode ser uma medida eficaz na prevenção de queixas características da gravidez.

* A hidroterapia pode ser um espaço de conforto e de liberdade, para as mães adeptas do meio aquático, uma vez que esta actividade ajuda, sobretudo na agilidade da grávida, e a água diminui o peso do corpo, ajudando a futura mãe a lidar com as diversas fases do processo de mudança, promovendo o bem-estar da mulher.

* A pele da progenitora também sofre alterações e requer alguns cuidados. Fazer uma correcta protecção solar e hidratar a pele do corpo, duas vezes por dia, com uma massagem, ajuda a evitar as estrias.

* A massagem para bebés tem, como objectivo, ajudar a relaxar, estimular, interagir e aliviar. Ao nível de benefícios, equilibra o sistema imunitário, melhora a circulação, alivia as dores de dentição, musculares e as cólicas, ajuda a eliminar as toxinas, facilita um sono mais tranquilo, estimula os sistemas sensoriais, promove o alívio da ansiedade do bebé e a segurança parental e aumenta o vínculo afectivo.

* Durante esta massagem, há uma interacção, em que os pais dão confiança e conforto ao bebé, portanto, acaba por ser um momento diferente e enriquecedor.

* Os acidentes são a maior causa de morte na infância. É necessário ter atenção às quedas dos bebés, pois podem ser fatais e, a maioria das vezes, acontecem por distracção dos pais. Para com os bebés, todos os cuidados são poucos.

* Comprar a cadeirinha antes do bebé nascer, proteger as janelas e varandas de casa, evitar brinquedos com peças que se possam soltar, entre outros cuidados, são fundamentais.

* Planear a estada no hospital, a mala do bebé e da mãe, bem como a gestão das visitas, são detalhes importantes para o casal, que está prestes a assistir ao grande momento do nascimento.

* Quando “dois passam a três”, tornar-se família é criar um espaço emocional de entreajuda entre as pessoas, no sentido de colaborarem e fazerem com que cada um tenha sucesso e progrida, individual e colectivamente.

* É na relação que se estabelece com as pessoas que vamos aprendendo a gostar delas mas, por muita complexidade que traga, o nascimento de uma criança muda a vida do casal para melhor.

* A parentalidade deve ser partilhada a dois. O tempo a seguir ao nascimento não deve, portanto, ser da mãe, nem do pai, mas antes do bebé. Ter uma perspectiva acerca disto ajuda, não só as mulheres, mas também os homens, a perceber que os filhos são de ambos.

Yoga para bebés


O Yoga, para bebés, é um método que visa melhorar o desenvolvimento do bebé e os laços entre os pais e os bebés. O relacionamento, que este tem com eles, afecta directamente o bebé e vice-versa. O yoga tem benefícios, como, por exemplo:
· Fortalece o corpo;
· Facilita a digestão e alivia as cólicas;
· Equilibra e melhora os sistemas orgânicos;
· Possibilita o desenvolvimento das capacidades motoras;
· Estimula os laços afectivos entre os pais e os bebés;
· Desenvolve o prazer e a alegria;
· Melhora o fluxo da circulação sanguínea;
· Ajuda nas cólicas, choro e dentição.

Massagem Shantala


A massagem Shantala é um tipo de massagem influenciada pelas tradições do Yoga e da Medicina Ayurvédica, sendo dirigida, em especial, aos bebés.
Implica uma sequência de toques, efectuados no bebé, com carinho, mas também com uma sequência e uma técnica específica. Esta massagem é importante no desenvolvimento emocional do bebé e é fácil de perceber que o poder das mãos é muitissímo importante.
Deve ser feita num ambiente calmo e silencioso. É comum usar óleos vegetais puros e naturais, ligeiramente aquecidos.
No final da massagem, deve-se dar um banho ao bebé, de modo a que este continue o efeito de relaxamento pretendido.

O papel do pai na educação




Apesar de a mãe ser o principal elo de ligação com o bebé, o pai também sofre transformações emocionais e necessita de um apoio, para se adaptar à gravidez.

Embora o desejo de ser pai possa surgir, mais tarde, no homem, as mudanças internas, que começa a sentir na sua relação conjugal, podem ser sentidas positiva ou negativamente.

O homem tem de aprender a partilhar a sua esposa com o bebé e, desde o momento da gravidez, apercebe-se que o filho tomará um lugar muito importante na vida do casal.

Já que experiencia tudo em segundo lugar, a relação do pai com o feto é mais orientada pela expectativa do que pela estimulação. Alguns pais reagem a tudo isto com muito entusiasmo, enquanto que outros sentem que alguém ocupa o lugar deles e que, até mesmo a mãe põe de parte o seu marido e passa a preocupar-se simplesmente com o bebé. É necessário que o casal seja bastante unido e que se compreenda mutuamente, de modo a que o bebé, desejado e fruto de amor, não seja um obstáculo ou um rival para a relação homem-mulher.

Como referem Brazelton e Bertrand, todas as pessoas perguntam à mãe como se sente, mas raramente se importam com o pai, o que acaba por ser complicado, devido ao sentido de responsabilidade do homem pela gravidez da mulher.

No segundo trimestre de gravidez, o bebé começa a ser visto como um ser separado da mãe, a quem são atribuídas características de personalidade. Nesta fase, o futuro pai demonstra uma preocupação acrescida com o seu corpo, o que, muitas vezes, se traduz em vários tipos de dores, náuseas e vómitos (isto pode ser entendido como uma gravidez psicológica, fruto de ansiedade pelo nascimento do bebé).

Para o pai, torna-se tarefa principal reorganizar a sua identidade e abandonar um estilo de vida mais independente, reconhecendo novas responsabilidades e restrições. Tal como diz John Condon, «A gravidez é um período mais stressante para o homem do que o que se segue ao nascimento».